Travessia de caiaque na Represa de Furnas/MG - out/2018
Em
meu tempo de primário, era extremamente difícil assimilar e cumprir sem
questionar (e muito!) a lógica do currículo escolar. Naquele tempo, cumpríamos
oito anos no primeiro grau para, então, entrarmos nos três últimos e decisivos
anos antes de escolher o que se queria da vida. Apesar de não saber o que quero
fazer da minha vida até hoje, vejo o quanto aquela sequência interminável de
anos na escola me ajudou a estabelecer cronogramas lógicos e ter paciência em
minhas expedições. Não há como encurtar a distância entre dois pontos. É
preciso encarar e transpor o que vier pela frente. Uma montanha, uma
tempestade, um pneu rasgado, árvores caídas no caminho, um caiaque virado, nada
disso pode ser evitado na busca de um objetivo. É imprescindível saber lidar
com os percalços. Como nos saudosos tempos de escola, há que se administrar e
transpor os momentos difíceis, aproveitando cada ensinamento e experiência para
se alcançar um “diploma”, ainda que isso fosse um saco para um garoto sedento
por brincar ao ar livre.
Em
todas as minhas viagens, seja de caiaque, de bike ou a pé, chega um momento em
que cada quilômetro se torna um tormento. Vem aquela vontade quase
incontrolável de largar tudo, acabar com o sofrimento e voltar para casa.
Nessa
última viagem que fiz de caiaque, ao me deparar com essa maldita vontade,
lembrei-me muito de meu martírio escolar e, meditando durante as sofridas remadas,
fortaleci minha vontade de concluir o trajeto que havia traçado (não há pior
sensação no mundo que não concluir um projeto).
Das dificuldades
envolvidas em realizar uma viagem de caiaque, a mais evidente, por mais
ridículo que pareça, é achar uma companhia. É fato que o universo de remadores que
conheço já é extremamente reduzido. Ainda assim, dessas dez pessoas, já descarto
a metade, por conta da intransigência matrimonial. Os cinco restantes,
normalmente, vão se esquivando na medida em que a data de partida se aproxima.
As desculpas são as mais surpreendentes: “Estou sem dinheiro” (o cara recebe o
dobro do meu salário!), “Não consegui folga no trabalho” (é dono do próprio
negócio), “Acho que a previsão de tempo não é boa” (realmente, não se trata de
uma viagem da CVC turismo).
De qualquer forma,
no fundo eu estava precisando ficar só. O ano havia sido difícil. Precisava
esfriar a cabeça, “atualizar o software”. Ouvir o que eu tinha para dizer pra
mim mesmo. E assim fui. Só e bem acompanhado!
Meu objetivo era
atravessar a parte mais longa da represa de Furnas. Para tanto, abri o mapa e
tracei uma rota saindo das proximidades de Alfenas/MG e chegando à barragem da
represa, percorrendo 120 quilômetros no sentido sudeste – noroeste. Desta
forma, precisaria de um apoio para me deixar no local de partida e me resgatar
na chegada. Dagoberto Manzan (meu pai) era a pessoa indicada para esse fardo.
Após incontáveis e tediosos resgates, achei que seria difícil convencê-lo novamente,
mas seu espírito paterno prevaleceu e o Dagosão aceitou entrar em mais uma de
minhas roubadas.
Saímos de Brasília apreensivos
com a chuva. Em Catalão o céu desabou e a torrente nos seguiu até Uberaba.
Contudo, preferi ter fé na previsão meteorológica para os dias seguintes.
Para o local da
partida, eu havia escolhido a ponta de um dos braços da represa de Furnas, mas
ao chegar ao local, encontrei uma área pantanosa, sem condições de remada. Era
o primeiro sinal de que a represa estava bem abaixo de seu nível normal. Eu tinha previsto essa possibilidade na fase
de planejamento e, por conta disso, havia outro local como “backup” para a
saída. Na Ponte das Amoras, as condições não eram perfeitas, mas funcionaram
para meu zarpar.
Elaborei
um criterioso checklist de equipamentos necessários para minhas viagens de
caiaque. Desta forma, em questão de minutos, consigo organizar todas as
bugigangas e suprimentos que levarei dentro do meu barco.
A
lista de tralhas parece longa, mas quando tudo está organizado dentro do
caiaque, a fisionomia da embarcação se torna extremamente “clean”. Sendo muito
organizado (chegando a ser chato), eu estabeleci um protocolo de organização para
os equipamentos. Tudo tem seu lugar predeterminado de acordo com a necessidade
e urgência de uso. Como exemplo, todo o material relacionado ao acampamento vai
no fundo dos estanques. Já os equipamentos de emergência (bomba de água, remo
sobressalente, anorak, lanterna de cabeça, comida e fogo) ficam sob o cockpit,
de modo a serem alcançados facilmente. Bússola, mapa e GPS seguem em meu colo
(sobre a saia). Por fim, o material de registro (máquinas de filmar e
fotografar) ficam fixadas na parte externa do caiaque, prontas para qualquer
cena. Essa lógica organizacional nada mais é que o fruto de tentativas e erros em
tantas outras viagens.
Despedi-me do Dagô
às 12h30min, conferi a rota no GPS e dei as primeiras remadas da viagem. Por conta do baixo nível do
reservatório e de estar próximo a um dos rios que alimentam a barragem, a
tonalidade da água era bem turva. O tempo estava encoberto e propício para o
plano. Passando por inúmeras fazendas às margens da represa, eu observava a
alteração que a inundação da represa gerou na paisagem. A energia
elétrica, definitivamente, não é totalmente limpa.
Pouco a pouco eu ia
ganhando quilômetros, e com isso a tonalidade da água ia se tornando esverdeada,
sinal de que eu remava sobre águas profundas e mais paradas.
Ao passar pela
margem de uma das fazendas, aproximei-me de um rebanho de bovinos que se
hidratavam. Interessante a reação do gado. De início fugiram, provavelmente
achando que eu fosse um predador grande (talvez um crocodilo amarelo!). Após se
acostumarem com minha fisionomia, retornaram lentamente à margem e me seguiram
por um tempo, desta vez achando que eu fosse abastecê-los com ração ou sal,
como de praxe é feito nas fazendas.
Passamos
recentemente por uma crise hídrica em Brasília e, como geógrafo, sei bem as
causas e consequências disso. Durante minha remada pela represa de Furnas, pude
constatar que a crise hídrica se trata de uma “doença” pandêmica no território
brasileiro. A ingerência somada ao crescimento demográfico e à falta de
consciência no uso da água secaram nossos reservatórios. Em Furnas observei
atônito uma faixa de terra exposta de aproximadamente 15 metros. Muito triste!
Com doze quilômetros
remados, olhei minha posição no mapa e observei a comprida linha que ainda
teria que seguir até meu destino. Naquele ponto, traçando um paralelo com meus
anos escolares, eu me situaria no terceiro ano primário. Não estava claro ainda
como seria possível terminar a longa e penosa “jornada”.
Ainda que eu tivesse
saído tarde, consegui imprimir um bom ritmo de remada e, ao chegar ao ponto
onde havia planejado dormir minha primeira noite, resolvi esticar um pouco mais
a fim de garantir alguns quilômetros que poderiam adiantar meu cronograma. No
fim da tarde, acabei pegando um pouco de chuva.
A vantagem em
adiantar a programação é que se ganha crédito de tempo para imprevistos, mas fica
a incerteza de achar um local viável para dormir. Não é simples encontrar um
local plano e limpo nas margens das represas e rios. Quando passo da hora ou do
local planejado para o pernoite e sigo sem achar uma brecha na margem, sinto a
mesma sensação de quando chego tarde a uma cidade com lotação esgotada nos
hotéis. É osso! A noite vai te engolindo lentamente e não há muito o que fazer.
É seguir remando e procurando.
Encostei na margem para
lanchar, próximo a um barranco exposto pelo baixo nível da água. Ao desembarcar
do caiaque, observei uma grande quantidade de carcarás se alimentando. Curioso
por conta da quantidade dessas aves, aproximei-me para tentar entender o porquê
da concentração. Andando pelo barranco, deparei-me com uma enorme quantidade de
carcaças de peixes. Era espinha de peixe pra todo lado. Daí a razão para tantos
carcarás. Tentei supor o motivo de tantos peixes mortos, mas fiquei apenas na indagação.
Interessante que as centenas de carcaças se concentravam apenas em um raio de
cem metros. Avaliei se havia uma descarga de agrotóxicos em volta, ou se alguém
teria pescado e deixado as sobras de peixes ali, mas nenhuma das hipóteses era
certa. Sem resolver o dilema, registrei o local em meu mapa como “Deadfish
beach” (praia dos peixes mortos) e segui.
Quase anoitecendo,
encontrei um local “ligeiramente” seguro para dormir. Um pouco escondido dos
curiosos e não tão próximo de árvores, supus ser confiável. Afinal, eu me
preocupava com a possibilidade de violência e de raios.
Após o jantar,
consegui sinal de celular e passei as coordenadas do ponto onde estava para meu
pai. Aproveitei para pedir a Lívia que me passasse a previsão meteorológica
para o dia seguinte. Antes não tivesse pedido! Chuva e raios pela manhã!
Às 20h27min, o céu
fechou e a ameaça de chuva aumentou. Raios e trovões a distância se alternavam.
Há um método dito confiável para saber a distância que nos separa de uma
tempestade. Ao ver o clarão do relâmpago, conta-se quantos segundos após se
ouve o trovão. Divide-se o tempo por três e se tem a distância em quilômetros. Coloquei
em prática essa técnica e percebi que a tempestade estava a menos de dois
quilômetros de meu acampamento. Rapidamente, preparei-me para o pior. Coloquei
tudo dentro da barraca, lacrei os estanques do caiaque, acocorei-me em cima do
saco de dormir e do isolante térmico e comecei a rezar! Parecia que eu me
preparava para um furacão, tamanha era minha apreensão. Poucos minutos depois a
tempestade caía sobre a barraca. Com a água, eu não me preocupava tanto, pois
confiava na competência da barraquinha. O problema eram os raios. Clarões
constantes preencheram o teto da barraca por duas horas. A cada trovão, um
alívio. Não me acertou desta vez...
Apesar do risco de
raios que a chuva trazia, a preocupação com os “larápios” tinha passado -
bandido não gosta de se molhar!
Iniciei o segundo
dia de remada com vento contra. E assim ele permaneceu durante todo o percurso.
Progressão lenta, paciência testada e braços doloridos. Foi o resumo do dia. Remar
contra o vento significa permanecer quicando dentro do caiaque ao sabor das
marolas na proa. Fora esse desconforto, há ainda o fato de ter que lidar com
constantes borrifadas de água no rosto. Além do esforço físico para cortar o
vento e as marolas, a situação cobra um preço moral. É desanimador olhar para
margem e não sentir a evolução da embarcação. Por fim, há ainda a
inconveniência de ter que fechar a boca do cockpit para manter o interior
relativamente seco. Em dias quentes, esse procedimento gera um calor infernal
nas pernas.
Tinha combinado com
o Dagô de nos encontrarmos na “Ponte Torta”, onde eu o atualizaria sobre o
andamento da viagem e reabasteceria minhas provisões de água. Sem contar aquela
coca gelada que ele levaria de presente. Foi perfeito!
Acabei passando
direto pelo local onde planejara dormir. Mais à frente, já ao final do dia, fui
impedido de acampar próximo a uma propriedade. Continuei remando para não
arrumar problema. Fato é que as margens da represa não são propriedades
particulares. É área da Marinha. Porém, assim não “pensam” os fazendeiros.
Dois quilômetros à
frente, parei em outro sítio para pedir autorização para o pernoite. Aportei o
caiaque na margem e, subindo a encosta, encontrei uma assustadora Jiboia de
mais de um metro. Tenho uma péssima relação com cobras. Não gosto mesmo. Mas
tento me acostumar com esse bicho sempre que tenho contato. Peguei um galho de
um metro e meio e fui tentar dialogar com a “moçoila”. Cuidadosamente, ergui
sua calda e esperei que se mexesse. Nada. Imóvel. Sabia que não estava morta,
pois mexia sua língua regularmente. Minha tensão diminuiu e criei mais
confiança com o réptil. Foi então que tentei levantá-la do chão a fim de
levá-la para uma mata próxima, quando ela, emitindo um som alto e áspero, deu
um bote em minha direção. Apesar de estar em uma distância segura, o recado foi
bem dado. Que susto! Larguei o galho em um canto e, vencido pelo medo, fui
buscar abrigo longe dali. Havia uma outra propriedade um quilômetro depois. Foi
a salvação. O dono do rancho (meu xará!) me recebeu muito bem. Após montar minha
barraca, o Seu Alexandre me convidou para comer algo em sua casa, onde ele
recebia uma visita da cidade. Entre tantos “causos”, o assunto política não ficou
de fora. Com uma sensatez incrível, meu xará contou detalhes de uma época
difícil do Brasil, parecida com a atual, quando seu bisavô, tentando
reorganizar as finanças da família, disse para o pai de Seu Alexandre, acariciando
a cabeça do neto: “As coisa não tão boa fio, mas eu teim dó memo é desse aqui
ó”!
Confirmando a
previsão, o terceiro dia de viagem amanheceu bonito e quente. Sem vento, o
calor seria minha companhia durante dia. Conferindo o mapa, observei que eu
havia remado três quartos do percurso até então, situação que me posicionaria
no primeiro ano do segundo grau em um paralelo com meu currículo escolar. Havia
ainda a parte mais importante, três anos de foco nos estudos a fim de decidir
minha vida. Voltando à remada, os quarenta e cinco quilômetros que faltavam
seriam decisivos para o sucesso de minha expedição. Passaria por um longo
trecho, cheios de lanchas apinhadas de bêbados cruzando meu caminho.
Logo no início do
dia, avistei algo se mexendo na água a uns cinquenta metros da proa do caiaque.
Achei que fosse uma cobra, mas havia um volume muito grande para fora d’água.
Descartei ser um réptil. Ao me aproximar, surpreendi-me com o que vi. Uma pata
acolhia suas quatro crias na longa travessia da represa. Acompanhei por um
tempo a saga da mãe pato na dura labuta de proteger seus filhotes. Era incrível
como a pata estava totalmente vulnerável com seus inofensivos patinhos. Ainda
assim, a mãe pato, mesmo sem entender o que era aquele grande objeto amarelo em
seu rastro, não se desligava das crias de modo algum, mesmo que isso pudesse
por sua vida em risco. A natureza é sábia.
Remei quinze
quilômetros até o ponto onde eu havia combinado com me pai de atualizá-lo
acerca de minha evolução.
Na ponta de uma
península estrategicamente selecionada, eu teria uma boa recepção de sinal de
celular. Tentei por meia hora falar com o Dagô. Caixa postal direto!
Havíamos planejado
dormir próximo ao ponto de contato, mas, sem conseguir falar com ele, não havia
como decidir nada. Alguns minutos depois, me veio a ideia de ligar para minha
mulher e pedir que fizesse contato com o Dagô e o orientasse a se dirigir para
o ponto final da remada. Isso aumentaria em quinze quilômetros o trecho
estipulado para o dia, mas, diante da falta de contato, seria melhor sofrer um
pouco mais e esticar a remada que ficar esperando indefinidamente uma conexão
com meu resgate.
Seguindo adiante,
entrei no trecho mais perigoso da remada. As margens da represa iam se
afunilando à medida que eu me aproximava dos cânions. Isso significaria transitar
com meu caiaque em meio a inúmeras lanchas “cegas” num espaço relativamente
reduzido. Por outro lado, a paisagem ia se transformando e se tornando
incrivelmente deslumbrante. Paredes de pedras de quase cem metros de altura
surgiam da linha d’água.
Até esse ponto, eu
vinha remando por margens relativamente planas, com discretos morros no
horizonte. Adentrar no primeiro cânion foi uma mudança de paradigma. Se até
então eu podia sentir a água a cada remada, nos cânions eu passei a sentir também
o relevo da região. As paredes do cânion podiam ser tocadas ao deslizar meu
caiaque. O cenário mudara completamente. O céu ficara restrito a uma pequena
faixa entre as paredes, reduzindo, inclusive, a luminosidade em meu trajeto.
Observar as paredes
do cânion foi como ter uma aula de geologia em campo. Totalmente didático tocar
e entender os contorcionismos das camadas sedimentares. Um espetáculo natural.
Uma lição de humildade. Imaginar há quantos anos aquelas formações estão ali;
conjecturar a violência dos movimentos e adaptações geológicos necessários para
constituir aquela paisagem. Realmente incrível!
Eu seguia
impressionado com a grandeza e beleza do local quando me deparei com uma
cachoeira no final do cânion. Quase cem metros de queda. Por conta da inundação
da represa, foi possível tocar a queda d’água de dentro do cockpit. Lugares
assim mostram a versatilidade de uma embarcação como o caiaque. Das três
cachoeiras que visitei a bordo do meu barco, nenhuma delas se acessa com lancha.
Seguindo minha rota,
havia ainda um último cânion a ser visitado antes de finalizar a viagem.
Entrando pelo corredor de parede de pedras, eu não imaginava o que estava por
vir. Achei que nada mais me impressionaria. Com as bordas do cânion se fechando
cada vez mais e árvores mortas roçando o fundo do meu caiaque, sabia que o
final do trecho navegável estava próximo. Fiz uma última curva e o caiaque
encalhou. Não havia mais como remar. Saí do caiaque e andei pelo riacho de águas
transparentes. Dez metros à frente, entrei em um anfiteatro de pedras com um
pequeno poço no meio, onde desaguava uma discreta cachoeira entre as pedras.
Fiquei abismado com a beleza do lugar. Uma paisagem de calendário! E eu,
sozinho, bem ali, no meio do cânion, em Minas Gerais. Surreal!
Meia hora depois, em
êxtase, eu tomava consciência de que ainda tinha alguns quilômetros para
concluir a remada. “Acordei” do devaneio que aquele lugar havia me levado e
toquei em direção ao Clube Náutico, onde esperava encontrar meu pai.
Com o sol se pondo,
eu avistava de longe o ponto onde finalizaria a viagem. Ainda que eu não
tivesse, de fato, concluído a remada, eu já desfrutava a deliciosa sensação de
conquista. Mais uma!
Já “desencanado” dos
detalhes e problemas que minha viagem outrora cobrara, pude, enfim, me dedicar à
introspecção. Aquela água calma, lindamente dourada pelos últimos raios de sol,
o cíclico som das remadas e o corpo tomado pela endorfina, levaram-me a um divã
imaginário. Sem perceber, saí da remada e divaguei por alguns entalhes da minha
vida. Preciosos minutos avaliando meus passos, decisões e frustações. Uma
verdadeira higiene mental. Pouco tempo depois, “de volta ao meu caiaque”, encontrei
com o Dagô no Clube Náutico.
A conclusão da viagem,
voltando ao paralelo com meu currículo escolar, foi como receber o diploma de
segundo grau. Terminara uma longa e penosa jornada após momentos de impaciência
e descrença. Um pouco mais “maduro”, eu podia certamente enxergar novos
horizontes a serem conquistados. Da mesma forma como vislumbrara ao deixar o
colégio Objetivo, há vinte e sete anos!
1º dia – 26/10
Saída: 12h30min
Dist: 37,8 km
Tempo: 4h42’
Média: 8 km/h
2º dia – 27/10
Saída: 08h35min
Dist: 36,9 km
Tempo: 05h35’
Média: 6,6 km/h
3º dia – 28/10
Saída: 09h30min
Dist: 47 km
Tempo: 06h25’
Média: 7,4 km/h