quinta-feira, 18 de junho de 2015

Cidade de Pedra


“Somewhere, something incredible is waiting to be known.”
  Carl Sagan

 
Pirenópolis 14/06/2015

Tinha ouvido falar sobre a beleza particular da Cidade de Pedras, uma série de afloramentos rochosos que juntos se assemelham a uma paisagem urbana, com suas casas, edifícios e, inclusive, uma bela praça central. A Cidade de Pedras se localiza ao norte da cidade de Pirenópolis/GO. Chegar ao local não é fácil. Além da distância, a região é formada por uma série de vales que deixam qualquer carro popular sem fôlego.


 

A ideia, porém, era sair de Pirenópolis pedalando, seguir até a Cidade de Pedras e voltar para um merecido descanso no ponto de partida. Fazendo a rota pelo Google Earth, tentei ser o mais direto possível, mas a falta de opções de trilhas tornou a fase de planejamento bem trabalhosa. Ao final, ao conferir e passar a rota para meu GPS, sabia que seriam árduos 80 quilômetros de pedalada.


Reservei com antecedência meu local de estadia de praxe em Piri. A pousada da Dna. Marli não é o que se pode chamar de “Waldorf Astoria”, mas tem uma ótima relação custo-benefício para quem quer ir fazer um treinão pelas trilhas da região. Contudo, desta vez, percebi que o mundo está realmente globalizado; fui agraciado pelo primeiro “overbooking” da pousada da Dna. Marli. Sem ter onde ficar e com uma cara de cachorro magro, Dna. Marli me deixou dormir em seu sofá. Após definir meu pernoite, ainda que um pouco “diferente”, saí para encher o tanque da máquina, Estava morto de fome! Por ocasião de um evento na cidade, tive a grata surpresa de assistir ao show do Luis Melodia. Coisa finíssima. Fui dormir com a barriga e alma satisfeitos.
 

Levando-se em consideração a distância que deveria percorrer, saí tarde de Pirenópolis. Diante disso, tentei me apressar nas partes planas do percurso (se é que tinha alguma!) e segurar um ritmo conservador nas pirambas. Após sair da zona que conhecia na região, a paisagem se transformou bruscamente. Muito parecido com as cercanias da Chapada Diamantina, na Bahia. Ao chegar à Cidade de Pedras, já eram quase três horas da tarde. Pensei no tempo que gastaria para voltar e me apressei em registrar as impressionantes formações do local.

A volta, como já era esperado, foi bem puxada. Muitas subidas por vales belíssimos. A quantidade sempre-vivas pelo cerrado é absurda.

Quando comecei a me preocupar com minha reposição energética (levei dois Exceed Energy gel, um Exceed ProteinBar, uma garrafa com Exceed Sport drink Elite, outra com água e um pão com queijo que eu tinha comprado no café da manhã na padaria Meiapontense), alcancei o topo da última serra da fazenda do Lázaro, de onde avistei a charmosa Pirenópolis. Daquele ponto até meu sofá, na casa de Dna. Marli, seria somente um “downhill” por trechos de single-tracks já então conhecidos por minha magrela. Deixei que ela quicasse pelas infinitas pedras enquanto eu apreciava a bela paisagem do cerrado.




Ao chegar à pousada de Dna. Marli, às 18:00hs, fui recebido com um comentário materno:

- Uai meu fio, achei que cê num vortava mais! Tava preocupada cocê...
 

 


 
“We cannot protect something we do not love, we cannot love what we do not know, and we cannot know what we do not see. Or sense.”
The Nature Principles - Richard Louv  

Get out there and roll the bones!

Abraço!

Manza

Agradecimentos:
Exceed
Kailash Team Neptunia
D'stak academia
Bike Brothers