terça-feira, 21 de setembro de 2010

A salvadora rapadura de Dna. Irene

Santa Catarina - setembro de 2010

Há algum tempo já havia combinado com o amigo Alexandre Ferreira de fazermos uma viagem de bike pelo "vale europeu", local colonizado por alemães e italianos no estado de Santa Catarina. Após muitos e-mails tentando organizar nossa viagem, conseguimos conciliar a segunda semana de setembro para realizarmos esta nova empreitada. O mais interessante (fora a viagem de bike, é claro!) foi poder observar a cultura europeia mantida nas pequenas cidades do interior deste estado.

Percorremos um total de 350 quilômetros em cinco dias, fazendo uma média de 70 quilômetros. Pernoitamos quatro noites nas cidades de Pomerode, Rodeio, Dr. Pedrinho e Palmeiras. Em uma dessas cidades, precisamente em Rodeio, nos hospedamos na casa de um casal de aposentados que resolveram abrir as portas de casa para hospedar mochileiros e bicicleteiros que frequentam a procurada região.

Segundo Dna. Irene, dona da casa, eles decidiram montar uma pousada para que pudessem, além de complementar o apertado orçamento de um casal de aposentados, se distrairem e se confraternizarem com as histórias e experiências dos aventureiros que passam por lá. E realmente, por um dia, entendi o que ela havia dito e me senti bem próximo dos dois. Enquanto assistia a novela e mostrava fotografias dos filhos, os quais se mudaram cedo para ganhar a vida na cidade grande, Dna. Irene contou-nos um pouco de suas trajetórias e questionamentos.

No dia seguinte cedo, ao partirmos, Dna. Irene nos deu um pacote com alguns pedaços de rapadura com amendoin. Naquele momento, aquela rapadura não parecia ser a melhor opção nutricional para um longo dia de pedal. Mas, aceitei a oferta pela boa intenção daquela senhora.
Um dia após termos deixado a casa de Dna. Irene, estávamos com 60 quilômetros rodados e quase três horas de pedal. Já me sentia fraco com o cansaso acumulado e percebi que minhas barras energéticas haviam acabado. Continuamos pedalando por algum tempo até que a coisa ficou feia para mim! Estava quase com uma hipoglicemia quando parei para ver se achava alguma comida na bagagem. Revirei tudo e nada. Até que me deparei, bem no fundo do alforje, com aquela "suculenta" e revigorante rapadura...
Santa Dna. Irene!

Agradecimentos:

Rapadura da Dna. Irene!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Viagem ao mundo perdido

Integrantes:
Alexandre Manzan e Sidnei Assis
Distância percorrida: 80 km
Duração: 4 dias
Arthur Conan Doyle é mundialmente conhecido pelos livros que escreveu sobre as aventuras e investigações do detetive mais famoso do mundo, Sherlock Holmes. Outro grande sucesso do autor é o livro “O Mundo Perdido”, cuja inspiração foi baseada em relatos e descrições de exploradores que primeiro chegaram ao Monte Roraima.
Situado entre três países, Venezuela, Brasil e Guyana, possui aproximadamente 2800 metros de altitude em seu ponto mais alto e seu cume é alcançado por um dos mais clássicos trekkings do Brasil. No feriado de sete de setembro, juntamente com meu amigo Assis, fui conferir a grandiosidade desta obra geológica.

Como dispunha de apenas cinco dias para conhecê-lo, tivemos que apertar o cronograma e tentar percorrer o máximo de distância que pudéssemos para assim dar tempo. Saí de Brasília no sábado, 04/09, e chegando a Boa Vista às 02:00hs do dia 05/09, encontrei com o Assis e seguimos de carro para Santa Helena, já na Venezuela. Lá, contratamos uma pessoa para nos levar, com um carro 4x4, até a vila de Paraytepuy, local onde iniciamos um trekking de 22 quilômetros até a base da montanha e dormimos a primeira noite.

No segundo dia fizemos a ascensão da parede, oportunidade em que tivemos a chance de avistar a parede de perto pela primeira vez. No topo, após um lanche, seguimos em direção ao norte do Monte Roraima, para dormirmos no que chamam por lá de “Hotel Guaty”, um amontoado de pedras erodidas pelas intempéries que mais parecem terem sido feitas pela mão do homem, tamanha a perfeição dos cortes nas pedras.
Ao fim deste dia, havíamos andado cerca de 20 quilômetros de sobe e desce pelas infindáveis pedras. Caminhando pelo topo deste Tepuy, entende-se claramente o porquê da inspiração de Doyle. Um mundo à parte. Na verdade, como o próprio título do livro, um “Mundo Perdido”. Cada vale ultrapassado era um susto que levávamos com as inúmeras formações rochosas e fauna e flora endêmicas.
No terceiro dia deixamos o acampamento Guaty para voltarmos à porção sudoeste do Monte Roraima passando pelo “Punto Triplo”, local em que se situa o marco divisor dos três países em que este Tepuy se encontra.

Após diversos trepa-pedras, chegamos a uma das janelas do platô, onde, com uma boa dose de sorte, a neblina se dissipou e pudemos ter o prazer de admirar as gigantescas paredes do Roraima e o vale com a grande savana abaixo. Ali vimos o tamanho de nossa insignificância!
No último dia, após termos rodado praticamente todo o Monte Roraima pelo topo, tivemos uma logística complicada e cansativa.
A duana venezuelana fechava às 18:00hs, ou seja, tínhamos que sair do topo do Monte Roraima, fazer todo o trekking de 22 quilômetros até a vila de Paraytepuy, pegar uma condução até Santa Helena, distante 85 quilômetros da vila, e tomar mais um taxi até a fronteira para carimbar os passaportes. Apesar do cansaço acumulado e dos pés já castigados, apertamos o ritmo e chegamos dentro do programado.


Agradecimentos:

sábado, 4 de setembro de 2010

Xterra series etapa Indaiatuba


No dia 29 de agosto deste ano foi realizado em Indaiatuba, pela segunda vez, mais uma etapa do Xterra series. Com um dia seco (próximo aos 12% de umidade) e quente, um bom número de adeptos do triathlon off road compareceu no Hotel fazenda Quatro Estações, local onde foi realizada a prova, e se depararam com um dia bem difícil.
A roupa de borracha foi libarada para todos, o que permitiu que todos abaixassem seus tempos nesta modalidade. O percurso de mountain bike passou por estradas vicinais da região, o que não tirou a diversão, pois passamos por verdadeiros tobogans! Tivemos inclusive uma "tarefa surpresa" no meio do percurso de bike, uma escadaria que dava acesso à gruta de alguma Santa, ponto onde fomos "obrigados" a carregar a bike e pagar nossos pecados! Para finalizar, uma corridinha básica com direito a um sol de 30 graus e 12% de umidade. Legal né! E o pior é que gostamos disso.

Abraço empoeirado!
Manza

Resultados:
1 Alexandre Manzan 01:54:53
2 Felipe Moleta 01:58:24
3 Rodrigo Altafini 02:09:47
4 Cristian Pereira Cruz 02:11:11
5 Gustavo Ayres Netto 02:18:04