quarta-feira, 22 de agosto de 2012

K42 Bombinhas

  
Quando faltavam duas semanas para o K42 Bombinhas, iniciei meu processo de descanso para a prova. A prova é constituída de 42 quilômetros de trilhas, areia e costões. Não havia feito todo o volume que planejara, mas pelos treinos longos que tinha realizado pelas trilhas do cerrado de Brasília, estava confiante em fazer uma boa prova.
Apesar de não conhecer o percurso da prova, algo de fundamental importância, contava com minha experiência em corridas de Xterras e multisports de que havia participado. Aliás, mais difícil que realizar os treinos específicos para esta prova, foi conciliar trabalho, família e treinamento para o Xterra de Santa Bárbara, o Brasília Multisport e o K42.   
 
 
Ao chegar em Bombinhas, logo percebi a diferença de umidade em relação à Brasília. Pela previsão, o dia da prova seria encoberto com temperatura amena, condições perfeitas para este tipo de prova.  
Na largada, em meio à multidão, pude ver como este tipo de prova está se difundindo. Centenas de pessoas se aglomeraram para percorrer duríssimos 42 quilômetros de trilhas, areia e costeiras. 
Iniciei a prova com 750 ml de isotônico, 5 carboidratos em gel, uma capsula de sal e uma banana passa em minha mochila de hidratação. Nos primeiros 5 quilômetros, ajustei um ritmo conservador a fim de tentar melhorar na minha segunda metade de prova. Logo no início, um pelotão com 10 atletas, entre eles os favoritos, imprimiu um ritmo fortíssimo, oportunidade em que dosei meu ritmo e percebi que estavam acima de minha velocidade de cruzeiro. 
Deixei o orgulho de lado e fui ficando para trás dos líderes. Contudo, na primeira pirambeira da prova, acabei encostando em alguns aguniados. Entrando no trecho técnico de mata fechada, estava aproximadamente a 6 minutos do Giliard (tri-campeão da prova) e 1 minuto do segundo colocado (José Virgínio). Percebi, então, que havia acertado meu ritmo. Mais ou menos no quilômetro 20, assumi a segunda colocação, quando ouvi que havia tirado dois minutos do primeiro.
 
 
Sem muito desespero, fui crescendo na prova. Nos trechos de praia, tentava colocar um ritmo mais forte para compensar a queda de rendimento imposta pelas duras subidas e trilhas técnicas. 
 
À medida em que as plaquinhas com os quilômetros iam passando, minha preocupação em quebrar ia aumentando, visto que não sabia quantas subidas ainda teria pela frente. Por conta disso, comi e me hidratei cronometradamente. 
Ao passar pelo quilômetro 40, sabia que só teria mais um trecho de trilha e uma praia até a chegada. Tentando driblar a dor infernal causada por uma enorme bolha no calcanhar esquerdo, ia me distraindo com a belíssima paisagem da região.  
 
 No alto do último morro, pude avistar a última praia e a chegada ao fundo. Por conta do sinuoso percurso, não era possível marcar os adversários ao longo da prova. Assim, não sabia minha diferença para o primeiro colocado. Quando pus o pé na areia, faltando 1 km para a chegada, avistei o primeiro, inacreditavelmente a centenas de metros em minha frente. Apesar de ter terminado em segundo, 1'40" atrás do 1º, fiquei muito feliz com minha primeira participação em uma corrida de montanha. Acho que gostei! Já estou tentando encaixar mais uma prova deste gênero em meu calendário este ano.
 
Ab. Manza... 
 
 
Resultados:
Giliard Altair Pinheiro        3h09'42"
Alexandre Manzan             3h11'21"
Fernando Beserra da Silva 3h27'40"
José Virginio de Moraes     3h28'00"       
Carlos Magno Gonçalves    3h30'29" 



Agradecimentos:
 




 Ibiti
Alexandre Koda