Cidade de Pedra
“Somewhere, something
incredible is waiting to be known.”
Carl
Sagan
Pirenópolis 14/06/2015
Tinha ouvido falar sobre a beleza particular da Cidade
de Pedras, uma série de afloramentos rochosos que juntos se assemelham a uma
paisagem urbana, com suas casas, edifícios e, inclusive, uma bela praça
central. A Cidade de Pedras se localiza ao norte da cidade de Pirenópolis/GO.
Chegar ao local não é fácil. Além da distância, a região é formada por uma
série de vales que deixam qualquer carro popular sem fôlego.
A ideia, porém, era sair de Pirenópolis pedalando,
seguir até a Cidade de Pedras e voltar para um merecido descanso no ponto de
partida. Fazendo a rota pelo Google Earth, tentei ser o mais direto possível,
mas a falta de opções de trilhas tornou a fase de planejamento bem trabalhosa.
Ao final, ao conferir e passar a rota para meu GPS, sabia que seriam árduos 80
quilômetros de pedalada.
Reservei com antecedência meu local de estadia de
praxe em Piri. A pousada da Dna. Marli não é o que se pode chamar de “Waldorf
Astoria”, mas tem uma ótima relação custo-benefício para quem quer ir fazer um
treinão pelas trilhas da região. Contudo, desta vez, percebi que o mundo está
realmente globalizado; fui agraciado pelo primeiro “overbooking” da pousada da
Dna. Marli. Sem ter onde ficar e com uma cara de cachorro magro, Dna. Marli me
deixou dormir em seu sofá. Após definir meu pernoite, ainda que um pouco “diferente”,
saí para encher o tanque da máquina, Estava morto de fome! Por ocasião de um
evento na cidade, tive a grata surpresa de assistir ao show do Luis Melodia.
Coisa finíssima. Fui dormir com a barriga e alma satisfeitos.
Levando-se em consideração a distância que deveria
percorrer, saí tarde de Pirenópolis. Diante disso, tentei me apressar nas
partes planas do percurso (se é que tinha alguma!) e segurar um ritmo conservador
nas pirambas. Após sair da zona que conhecia na região, a paisagem se transformou
bruscamente. Muito parecido com as cercanias da Chapada Diamantina, na Bahia. Ao
chegar à Cidade de Pedras, já eram quase três horas da tarde. Pensei no tempo
que gastaria para voltar e me apressei em registrar as impressionantes
formações do local.
A volta, como já era esperado, foi bem puxada. Muitas
subidas por vales belíssimos. A quantidade sempre-vivas pelo cerrado é
absurda.
Quando comecei a me preocupar com minha reposição
energética (levei dois Exceed Energy gel, um Exceed ProteinBar, uma garrafa com
Exceed Sport drink Elite, outra com água e um pão com queijo que eu tinha
comprado no café da manhã na padaria Meiapontense), alcancei o topo da última
serra da fazenda do Lázaro, de onde avistei a charmosa Pirenópolis. Daquele
ponto até meu sofá, na casa de Dna. Marli, seria somente um “downhill” por trechos
de single-tracks já então conhecidos por minha magrela. Deixei que ela quicasse
pelas infinitas pedras enquanto eu apreciava a bela paisagem do cerrado.
Ao chegar à pousada de Dna. Marli, às 18:00hs, fui
recebido com um comentário materno:
- Uai meu fio, achei que cê num vortava mais! Tava
preocupada cocê...
“We
cannot protect something we do not love, we cannot love what we do not know,
and we cannot know what we do not see. Or sense.”
The Nature Principles - Richard Louv
The Nature Principles - Richard Louv
Get
out there and roll the bones!
Abraço!
Manza
Agradecimentos:
Exceed
Kailash Team Neptunia
D'stak academia
Bike Brothers
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Kailash Team Neptunia
D'stak academia
Bike Brothers