Serra da Canastra de bike

 
Data: 15/11 a 18/11/2012
Distância total: 334 km em 4 dias
Ascenção acumulada: 9500m
Média: 17,6 km/h
Tempo pedalando: 19h03'

A Serra da Canastra fica no sul do estado de Minas Gerais, próxima à divisa com São Paulo. À 40 km de distância de seu portão oeste, fica Sacramento, cidade natal de meu pai. Cresci ouvindo histórias dele por aqueles cantões. Aproveitando o feriado de 15 de novembro, depois de ter convidado alguns amigos, escapei - sozinho (pois todos deram pra trás) - para a Canastra para, além de conhecer a região, realizar uma travessia de aproximadamente 300 km de bike dando a volta no Parque. 
  
 
1º dia: 42 km (Tapira - São João Batista)
Cheguei em Tapira-MG, cidade prevista para a partida, às 14:00h do dia 15. Após encaixar os apetrechos na bike e na mochila, larguei em direção à São João Batista, percorrendo 42 km durante o resto de dia de que dispunha. Cheguei à São João Batista debaixo de uma pequena garoa, mas nada que um bom banho não curasse.

2º dia: 65 km (São João Batista - São Roque de Minas)
Por conta do período de chuvas em que fui, esperava pegar chuva todos os dias. Contudo, ao clarear do segundo dia, percebi que a chapa iria, na verdade, esquentar!

 
  
 
Saí de São João e peguei o belo chapadão na parte superior do parque. No meio do percurso, desviei minha rota a fim de conhecer a cachoeira Casca D'anta por cima. Depois de um refresco, segui em direção à nascente do Rio São Francisco (é curioso observar o pequeno poço da nascente de um rio que segue alargando-se durante seu longo percurso até sua foz no Atlântico). Saindo da Casca D'Anta, segui para a borda leste do platô da Canastra, onde dropei uma estradinha sinuosa e divertida para chegar em São Roque de Minas. Lá, me hospedei na pensão da Dna. Maria, local simples e típico das cidades do interior de Minas. Pensando no dia seguinte, comi um belo prato feito no fogão de lenha de Dna. Maria, que, com seus 92 anos, administrava a pensão sozinha. 
 










 








3º dia: 112 km (São Roque de Minas - Delfinópolis)
Planejei minha rota para passar por alguns single-tracks de fazendas aos pés do platô da Canastra no terceiro dia. Porém, com duas horas de pedal, percebi que havia subestimado o percurso elaborado. Inúmeras pirambas acabaram sobrecarrecando o penoso dia. Sem perceber a altimetria deste trecho no ato do planejamento da viagem, cruzei (penei) três vales belíssimos, mas com grandes desníveis altimétricos.
 
Levei quase 9 horas para percorrer os 112 km de estradas e sigle-tracks por quais passei até chegar em Delfinópolis, já de noite. Para piorar, a descida até Delfinópolis, já sem a luz do dia, foi por um trecho de pedras muito técnico.
 

4º dia: 118 km (Delfinópolis - Rifaina)
No último dia da viagem, imaginei que a estrada escolhida no mapa seria mais tranquila, com suaves subidas e descidas. Novamente iludido, passei por uma séria de pirambas com um calor de rachar. 
 
Mas, para compensar, o visual na chegada da represa de Peixoto foi indescritível. Parecia que não estava no Brasil. Mais impressionante é a cor da água do Rio Grande neste trecho do cânion: azul turquesa. 
 
Da represa até a chegada em Rifaina o percurso deu uma trégua e pude soltar um pouco as pernocas. 
Finalizando o último downhill da viagem, avistei meu destino: Rifaina, onde meu pai me esperava sem saber ao certo o que tinha se passado durante esses quatro dias de viagem.  À noite, degustando um saboroso peixe às margens do Rio Grande, eu é que contava ao meu pai minhas histórias por aqueles cantões.
 
Ab
 
Manza.  

 

Agradecimentos:
Traveler.com
Kona bikes
D'stak academia
R2L

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