segunda-feira, 30 de abril de 2012

Travessia Represa Corumbá IV - GO


Represa Corumbá IV, município de Luziânia - GO.
Duração: 2 dias
Distância: 60 km
Integrantes: Bruno Dornelas e Alexandre Manzan.

A região da capital da República ostenta um grande número de obras públicas polêmicas. A beleza faraônica de algumas delas não é capaz de justificar o custo contabilizado em suas conclusões. Um bom exemplo é a bela ponte JK, a qual cruza o Lago Paranoá em um dos pontos mais centrais da cidade. 
Outra obra que foi financiada (em parte) pelos cofres do Governo do Distrito Federal foi a construção da Represa de Corumbá IV, realizada com o intuito de contribuir com o fornecimento de energia elétrica e água potável para o DF.
Contudo, levando-se em conta os frequentes apagões na cidade, até o presente momento, não fomos "agraciados" com uma parcela de energia suficiente para garantir a novela das oito!
Apesar de mais uma polêmica custeada por nossos impostos, fui conferir a grandiosidade da obra a fim de "ticar" mais uma represa remada na região Centro-oeste. 
No dia 28 de abril, saímos de casa cedo, pretendendo começar a remada por volta das 11:00hs, visto que a represa se localiza a 100 quilômetros de Brasília. Com os usuais atropelos de última hora, achamos o local ideal para zarparmos às 12:00hs. 
A ideia era de sair da barragem e atravessar o lago por seu maior curso, terminando a viagem às margens da BR 060, local em que o regate iria nos pegar no outro dia.
Largamos às 12:30hs com um forte calor e zero de brisa, fato que tornou o início da viagem um  martírio. Por volta das 15:00hs, paramos em uma ilha para um rápido lanche e um merecido descanso. 
Continuamos remando por mais uma hora, quando o tempo fechou e ficamos ilhados no meio do temporal, longe da margem e assistindo aterrorizados aos raios que não paravam de cair. Passado o susto, remamos até acharmos um local ideal para o acampamento. 

O domingo amanheceu coberto por uma forte neblina, mas, por volta das 10:00hs, com os equipos organizados no caiaque, zarpamos com o sol à pino. No meio do dia, paramos na margem de um condomínio, onde tomamos uma coca gelada e tivemos a triste notícia que um caseiro da região havia sido pego por um dos raios da tempestade do dia anterior e não havia resistido. 
Depois de digerírmos a notícia, seguimos viagem em direção ao nosso destino. Às 15:30hs, aportamos no ponto exato em que havia planejado para sermos regatados. Tentei um contato com o "Seu Dagô" por telefone e, para nossa surpresa, ele estava a poucos quilômetros de onde estávamos. Com a cabeça feita, retornamos para a "Babilônia" a fim de darmos continuidade em nossas vidas e planejarmos a próxima, com certeza!

Ab.

Manza.