A salvadora rapadura de Dna. Irene
Segundo Dna. Irene, dona da casa, eles decidiram montar uma pousada para que pudessem, além de complementar o apertado orçamento de um casal de aposentados, se distrairem e se confraternizarem com as histórias e experiências dos aventureiros que passam por lá. E realmente, por um dia, entendi o que ela havia dito e me senti bem próximo dos dois. Enquanto assistia a novela e mostrava fotografias dos filhos, os quais se mudaram cedo para ganhar a vida na cidade grande, Dna. Irene contou-nos um pouco de suas trajetórias e questionamentos.
No dia seguinte cedo, ao partirmos, Dna. Irene nos deu um pacote com alguns pedaços de rapadura com amendoin. Naquele momento, aquela rapadura não parecia ser a melhor opção nutricional para um longo dia de pedal. Mas, aceitei a oferta pela boa intenção daquela senhora.
Um dia após termos deixado a casa de Dna. Irene, estávamos com 60 quilômetros rodados e quase três horas de pedal. Já me sentia fraco com o cansaso acumulado e percebi que minhas barras energéticas haviam acabado. Continuamos pedalando por algum tempo até que a coisa ficou feia para mim! Estava quase com uma hipoglicemia quando parei para ver se achava alguma comida na bagagem. Revirei tudo e nada. Até que me deparei, bem no fundo do alforje, com aquela "suculenta" e revigorante rapadura...
Santa Dna. Irene!
Agradecimentos:
Rapadura da Dna. Irene!
