Viagem ao mundo perdido

Integrantes:
Alexandre Manzan e Sidnei Assis
Distância percorrida: 80 km
Duração: 4 dias
Arthur Conan Doyle é mundialmente conhecido pelos livros que escreveu sobre as aventuras e investigações do detetive mais famoso do mundo, Sherlock Holmes. Outro grande sucesso do autor é o livro “O Mundo Perdido”, cuja inspiração foi baseada em relatos e descrições de exploradores que primeiro chegaram ao Monte Roraima.
Situado entre três países, Venezuela, Brasil e Guyana, possui aproximadamente 2800 metros de altitude em seu ponto mais alto e seu cume é alcançado por um dos mais clássicos trekkings do Brasil. No feriado de sete de setembro, juntamente com meu amigo Assis, fui conferir a grandiosidade desta obra geológica.

Como dispunha de apenas cinco dias para conhecê-lo, tivemos que apertar o cronograma e tentar percorrer o máximo de distância que pudéssemos para assim dar tempo. Saí de Brasília no sábado, 04/09, e chegando a Boa Vista às 02:00hs do dia 05/09, encontrei com o Assis e seguimos de carro para Santa Helena, já na Venezuela. Lá, contratamos uma pessoa para nos levar, com um carro 4x4, até a vila de Paraytepuy, local onde iniciamos um trekking de 22 quilômetros até a base da montanha e dormimos a primeira noite.

No segundo dia fizemos a ascensão da parede, oportunidade em que tivemos a chance de avistar a parede de perto pela primeira vez. No topo, após um lanche, seguimos em direção ao norte do Monte Roraima, para dormirmos no que chamam por lá de “Hotel Guaty”, um amontoado de pedras erodidas pelas intempéries que mais parecem terem sido feitas pela mão do homem, tamanha a perfeição dos cortes nas pedras.
Ao fim deste dia, havíamos andado cerca de 20 quilômetros de sobe e desce pelas infindáveis pedras. Caminhando pelo topo deste Tepuy, entende-se claramente o porquê da inspiração de Doyle. Um mundo à parte. Na verdade, como o próprio título do livro, um “Mundo Perdido”. Cada vale ultrapassado era um susto que levávamos com as inúmeras formações rochosas e fauna e flora endêmicas.
No terceiro dia deixamos o acampamento Guaty para voltarmos à porção sudoeste do Monte Roraima passando pelo “Punto Triplo”, local em que se situa o marco divisor dos três países em que este Tepuy se encontra.

Após diversos trepa-pedras, chegamos a uma das janelas do platô, onde, com uma boa dose de sorte, a neblina se dissipou e pudemos ter o prazer de admirar as gigantescas paredes do Roraima e o vale com a grande savana abaixo. Ali vimos o tamanho de nossa insignificância!
No último dia, após termos rodado praticamente todo o Monte Roraima pelo topo, tivemos uma logística complicada e cansativa.
A duana venezuelana fechava às 18:00hs, ou seja, tínhamos que sair do topo do Monte Roraima, fazer todo o trekking de 22 quilômetros até a vila de Paraytepuy, pegar uma condução até Santa Helena, distante 85 quilômetros da vila, e tomar mais um taxi até a fronteira para carimbar os passaportes. Apesar do cansaço acumulado e dos pés já castigados, apertamos o ritmo e chegamos dentro do programado.


Agradecimentos:

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