segunda-feira, 7 de junho de 2010

Xterra Amazônia


Fui para a Amazônia sem saber se conseguiria fazer uma boa prova, visto que contabilizavam somente onze dias que havia feito uma cirurgia na mão para a colocação de uma placa com parafusos com o fim de fixar um osso quebrado. Nem os pontos eu havia tirado ainda.
Foi de última hora que decidi ir. Na quarta-feira anterior à prova, eu fui nadar pela primeira vez depois da fratura, três semanas antes.

Não me senti muito confortável na água, mas julguei que daria para fazer a prova, uma vez que era uma das provas mais esperadas e inusitadas da temporada. Mesmo sem almejar nenhum resultado expressivo, senti que teria que fazer esta prova.
No dia da prova, saímos às 04:00hs de Manaus para em outro local, já às 05:00hs, embarcarmos em uma balsa, na qual foram todos os atletas juntos em um clima de mistério absoluto. Um dos momentos mais bacanas do dia foi o nascer do sol, no horizonte do rio, visto da balsa. Pelo menos naquele instante eu me esqueci de que estava indo fazer uma prova na Amazônia!
Ao chegar no local, o que mais me impressionou foi o lugar da natação. Com sua água negra contrastada apenas pelas bóias coloridas, rodeada de mata por todos os lados e, com certeza, lotada de piranhas e candirus, o igarapé era realmente inusitado.

Quanto a minha prova, tentei fazer uma natação conservadora, devido a falta de treino por não poder ter nadado nas últimas semanas.
Ao sair para pedalar, creio que tive a mesma sensação que todos os atletas naquele momento: "o que será que vem agora!!"
Porém, fora a beleza e o ambiente inigualável da floresta, o percurso exigiu bastante devido aos singles tracks - que exigiram muita técnica - e também pelo forte calor e umidade.
Neste trecho tentei acelerar o máximo que pude, pois sabia que havia bons atletas na prova. Foi no quilômetro quatro do mountain bike que peguei o primeiro colocado. Saí para correr sem saber qual era a minha diferença para o segundo colocado, por isso tentei manter o bom ritmo do dia para garantir esta vitória em um dia mais que especial: meu aniversário e também dia mundial do Meio Ambiente.
Ao me aproximar da chegada, pensei comigo: que dia! que lugar! que oportunidade! Experiência única.
Minutos depois de terminar a prova é que fui me lembrar da mão operada!
Parece que ficou boa!
Agora, foco meus treinos para o Brasília Multisport, dia 26 de junho, evento de que gosto muito.

"Boa é a vida. Mas melhor é o vinho"
Fernando Pessoa.

Forte abraço,
Manzan
1. Alexandre Manzan (BRA), 2h38min36
2. Frederico Zacharias (BRA), 2h50min21
3. Ezequiel Morales (ARG), 2h51min22
4. Rodrigo Altafini (BRA), 2h55min44
5. Branden Rakita (EUA), 3h02min18
Agradeço os parceiros:
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