Juiz de Fora – Parati pelas Serras da Mantiqueira e Bocaina de bike (solo) julho /2008

Integrantes: Alexandre Manzan
Duração: 8 dias
Distância total: 520,5 km.


18/07/08

Após a correria de sempre, desembarquei no Rio. Com o coração na boca, peguei um taxi pra rodoviária, trecho mais “tenebroso” de toda a viagem. Depois que entrei no ônibus e começamos a subir a serra de Petrópolis, fiquei mais relaxado. Cheguei a Juiz de Fora às 21h:40. Arrastei a caixa da bike até um hotel dormível, montei tudo, comi, tomei 2 brejas e dormi como um bebê, pensando no início da empreitada que estava para começar no dia seguinte.

19/07/08
Por incrível que pareça, o deslocamento dentro das cidades é a parte mais perigosa destas viagens; bandidos e motoristas loucos por toda esquina. Uma merda! Saí às 10h:20 após desempenar o disco da roda dianteira. Levei 2h40’até Lima Duarte, cidade que dá acesso ao Parque do Ibitipoca. Conheci nesta estrada um andarilho que puxava seus (poucos) pertences em um carrinho. Ia para a Bahia! Tirei fotos e curti o som brega que rolava alto em seu som portátil. Figuraça! Parti para a “escalada” em direção à Ibitipoca. Na subida chamada “puta merda”, compreendi o porquê do nome quando vi vários carros populares não conseguirem terminá-la. Cheguei às 15h:00 e logo descolei minha hospedagem.
Média: 20 km/h – 4h14’.
Total pedalado do dia: 85 km.


20/07/08
Levantei cedo para conhecer o Parque do Ibitipoca. A intenção era visitar o máximo de lugares que eu pudesse, visto que eu teria só este dia. Então fui correndo com uma garrafa de água em uma mão e uma barrinha na outra. Ao final do dia, consegui visitar praticamente todo o parque, algo que só mesmo correndo!
Total corrido: 26 km.

21/07/08
Sai de Ibitipoca às 10h:20 e logo na 1ª descida encontrei 2 viajantes de bike, que me acompanharam até Lima Duarte, local em que seguimos destinos diferentes. Voltei a andar no asfalto até Bom Jardim de Minas, onde entrei novamente para a terra em direção à Santa Rita de Jacutinga, destino do dia. De Bom Jardim de Minas até Santa Rita, despenquei 500 metros de desnível através de um vale, já na Serra da Mantiqueira.
Média: 21,8 km/h – 5h14’.
Total pedalado do dia: 114 km.


22/07/08
Após tirar uma sonequinha depois do café, parti às 10h:45. Escolhi uma estrada menos transitada até Visconde de Mauá e certamente acertei na opção. De Santa Rita de Jacutinga, passando por Passa Vinte, onde almocei, até chegar em Visconde de Mauá, passei por incríveis vales sem cruzar com um carro! Um dos trechos mais bonitos desta viagem. Tomei um banho nas frias águas do Rio Preto, o qual separa Minas Gerais do Rio de Janeiro neste trecho. Apesar do trecho mais curto da viagem, foi um dos mais difíceis pelas infinitas subidas de terra.
Media: 16,4 km/h! – 4h55’.
Total pedalado do dia: 81 km.


23/07/08

Tirei o dia para conhecer algumas cachoeiras da região e aproveitei para dar uma corridinha! À noite dei um trato na magrela.
Total corrido: 10 km.



24/07/08
Saída às 10h:45. De cara uma subida de 4 km até o alto da serra. A vista compensou o esforço!! Como tudo que sobe tem que descer, despenquei 10 km até o vale do Paraíba, cortado pela temida Rodovia Dutra. Pedalei 10 km até Resende pela tal rodovia com medo dos carros. Rapidamente deixei Resende pra trás, a fim de perder logo o contato com a loucura da cidade e desfrutar da paz do interior. Após mais um trecho de terra, encontrei o asfalto que me conduziu até a charmosa cidade de São José do Barreiro. Alegrias a parte, a grandeza da Serra da Bocaina, a qual iria ter que cruzar no dia seguinte, assustou-me ao vê-la! 1300 metros de desnível em 23 km. Ave Maria!!!
Média: 22,8 km/h – 3h33’.
Total pedalado do dia: 81,5 km.


25/07/08
Tradicionalmente às 10h:20 parti. Após intermináveis 2 horas de subida e 23 km percorridos na serra da Bocaina, estava no ponto mais alto da viagem. Sai de 500 metros e “escalei” até 1800 metros de altitude. Porém, achei que lá em cima as subidas acabariam. Enganei-me. As subidas continuaram, só que agora com algumas descidas para refrescar, até a Vila dos Macacos. De lá até Campos de Cunha, destino do dia, foram mais 16 km de sobe e desce. Para dar o tiro de misericórdia, não encontrei um restaurante aberto, tendo que comer um gorduroso hambúrguer para matar a fome. Sem dúvida, o trecho mais “punk” da viagem. Terminei bem cansado.
Média: 15,6 km/h - 5h03’.
Total pedalado do dia: 79 km.


26/07/08
Friozinho na saída de Campos de Cunha, 11°C às 10h:25. Achei que iria pegar um sobe e desce só até Cunha, mas, como pude ver, enganei-me novamente! Era desanimador escalar por vários minutos seguidos e, na sequência, ver todo o esforço ir embora em segundos nas íngremes descidas. Depois de Cunha, subi até 1500 metros de altitude, cume da Serra do Mar, local em que se trafega até Parati pela antiga Estrada Real. Deste ponto até Parati, despenca-se até o nível do mar sempre em contato com a Mata Atlântica e um visual de tirar o fôlego. Mar a vista!!! Cheguei são e salvo a Parati com aquela sensação de dever cumprido e a alma renovada!
Média: 20 km/h – 4h.
Total pedalado do dia: 80 km.


Total pedalado na viagem: 520,5 km.


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