quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Brasília Multisport 2013

6ª edição do Brasília Multisport

Em um típico dia seco e quente de Brasília, foi realizada a 6ª edição do Brasília Multisport, prova composta pelas modalidades de mountain bike, corrida em trilha e canoagem.   
Neste ano, além do local (Ermida), as distâncias permaneceram iguais às do ano passado, apenas tendo sido acrescentado um trecho de 4 quilômetros na última seção de canoagem. 

A prova:
3 km de corrida em trilha;
15 km de canoagem;
15 km de corrida em trilha;
36 km de mountain bike;
8 km de canoagem.

Apesar das distâncias das modalidades serem relativamente curtas, o acúmulo de atividades acabou me surpreendendo. Com três horas de prova, senti falta de uma base maior. A correria do dia-a-dia tem me "roubado" preciosos quilômetros de treino!
Ainda tendo sofrido um pouco mais que eu gostaria, foi um belo dia. Correr em casa com amigos e a família assistindo nem o "Master Card" compra...    

Resultados:
1º KENNY SOUSA                       05:32:21.26
2º ALEXANDRE MANZAN             05:41:07.37
3º SEAMY MEIKL                        05:47:27.58
4º GUILHERME PAHL                  06:02:10.21
5º FLÁVIO GUERCIO FERNANDES 06:26:30.50

Agradecimentos:
Traveler.com.br
Bike Brothers
Kona Bikes
D'stak academia
 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vagabonding...

 

"Mais que um guia, trata-se de um livro sagrado para aqueles que discutem o estilo de vida que nos é imposto"
Alexandre Manzan 



Recebi este livro de meu amigo João Paulo Barbosa na semana passada. Impressionantes, os pensamentos e dicas do autor. A leitura até parece uma conversa comigo mesmo...
 

"By switching to a new game, which in this case involves vagabonding, time becomes the only possession and everyone is equally rich in it by biological inheritance. Money, of course, is still needed to survive, but time is what you need to live" 
Ed Buryn

Abraço,

Manza. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Escalada em São Bento do Sapucaí/SP





Do banco traseiro do carro, enquanto seguíamos em direção à Pedra do Baú, eu observava hipnotisado a paisagem da região. Margeando a sinuosa e íngreme estrada, inúmeras casinhas, com os telhados repletos de liquens, enfeitavam o vale que ia crescendo ao fundo. 
Às 10:00hs, chegamos perto da pedra em que escalaríamos. Contudo, a frente fria que havia chegado no dia anterior tinha outros planos para mim, João e Eliseu. Ao constatar que a rocha estava molhada, demos meia volta em direção a São Bento do Sapucaí e retornamos para o abrigo "Montanhismus", onde aguardaríamos uma melhora no tempo a fim de irmos para a "Pedra da Divisa" e concluírmos o curso de escalada avançada ministrado por Eliseu Frechou. 
Eu conhecia o Eliseu apenas por alguns de seus feitos. Entre suas inúmeras ascensões, Frechou escalou big walls (grandes paredes) na Africa, em Yosemite (EUA), no Canada (Lotus Flower), Roraima (Monte Roraima), entre outras. Quando o João me convidou para fazer um curso de escalada em São Bento do sapucaí, não hesitei. Sempre quis conhecer a região próxima à Mantiqueira. De fato, como pudemos constatar, São Bento é uma típica cidadezinha pacata do interior, perfeita para a prática de esportes ao ar livre.  
O fato de termos feito o curso durante a semana nos permitiu que observássemos o pacato e prazeroso cotidiano da cidade. São em momentos como os que vivemos nessa semana que enxergo o irracional e insensato ritmo de vida em que estamos vinculados e totalmente iludidos. 
De volta ao curso, no primeiro dia, seguimos ao campo-escola para revisão de técnicas básicas e início das técnicas avançadas, com prioridade em proteções móveis e escalada artificial (tipos e utilização de nuts, hexêntrics, friends, tcu's, tri-cams, pitons, hooks e heads).
  
No final da manhã, finalizamos com a escalada de uma das vias do local (5º grau). Após o almoço, assistimos a um vídeo com técnicas de entalamento.          

No segundo dia, tentamos, em vão, escalar na Pedra do Baú. Mas, como havia dito antes, a chuva que havia caído na noite anterior deixou as paredes molhadas, fato que impossibilitou nossa ascenção.
Diante disso, voltamos ao abrigo e exploramos os tópicos: grampeação, conhecimentos sobre escalada artificial, içamento de cargas, bivaque em parede (rede e portaledge), polias, blocantes, logística em big walls e resgate básico em montanhas.
  
         

Ao final do dia, tirei uma hora para dar uma corridinha. Saí do bairro Serrano em direção à divisa com Minas Gerais. No quilômetro 6, começa um dura subida de 2 quilômetros que é recompensada quando se atinje o colo da montanha, permitindo uma bela vista de toda a região e dando acesso ao vale do bairro Pinheiros.
Da parte alta, se despenca até o bairro Pinheiros chegando, na sequência, na rodovia que dá acesso ao local de partida, totalizando 17 quilômetros.
São Bento do Sapucaí e toda sua região são privilegiadas em relação ao número de paredes rochosas e trilhas. Locais para a prática da escalada em rocha, trekking, caminhada, voo livre e canyoning não faltam na região.
 No terceiro e último dia de curso, fomos "testar" nossos conhecimentos na "Pedra da Divisa", um complexo de vias com vários níveis de escalada esportiva, a maioria protegida do sol pela copa das árvoras.


Fizemos duas vias nessa parede. As duas com 6º (sup) na graduação brasileira. Devido a falta de condicionamento específica nos braços, eu e João "fritamos" para encadenar as duas vias. Com direito, inclusive, a uma "roubadinha básica" em um galho que desce paralelo à via.  

Com as bracholas "tijolando", voltamos a São Bento a fim de organizar nossas tralhas e tomar um bom vinho para nos despedirmos do local.

Desfrutando de uma tranquilidade que eu há muito não sentia, em São Bento, pude "recarregar as baterias" e vislumbrar que ainda, sim, é possível se viver bem no Brasil. Basta se desapegar (ou se apegar a coisas mais simples) da complicação e consumismo dos grandes centros.

Abraço,

Manza
  
 

* Algumas fotos foram gentilmente cedidas pelo amigo João Paulo Barbosa.