quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MTB nas margens de Corumbá IV



Local: De Luziânia a Abadiânia/GO pelas margens da Represa de Corumbá IV
Distância: 102 quilômetros
Integrantes: Alexandre Manzan e Alexandre Motta
Duração: 5h20'


 

Em abril do ano passado, havia percorrido a barragem de Corumbá IV de caiaque. Naquela oportunidade, vislumbrei em suas margens belíssimas trilhas de vaca perfeitas para o mountain bike. De posse da ferramenta Google Earth, destrinchei as beiradas do lago e bolei um percurso de 102 quilômetros saindo das proximidades de Luziânia/GO, passando por estradas e trilhas paralelas ao lago e chegando em Abadiânia/GO.  


 
As imagens trabalhadas no Google Earth, apesar de darem inúmeras possibilidades de estradas, quando se trata de trilhas, fica complicado confiar cegamente no percurso estipulado. Muitas vezes, uma trilha bem visível na tela do computador torna-se intransponível na execução.
A sazonabilidade bem definida das chuvas no Planalto Central permite que uma trilha bem visível na seca, simplesmente suma em meio ao mato que cresce repentinamente com a chegada das chuvas. 
 
Adiei este pedal por algumas vezes em razão de não conseguir casar minha folga com os finais de semana disponíveis de meu parceiro de pedal Alexandre Mota. Enfim, no dia 18 de agosto, fomos de carro até o início da estrada de terra onde havia estipulado começar o pedal, distante 30 km de Luziânia. Lá, fomos deixados por nossas "patroas", as quais seguiram de carro até Abadiânia, onde, no final da tarde, nos encontrariam a fim de retornarmos a Brasília.
 

Já no início do pedal, encaramos uma bela subida para esquentar. Seguindo por boas estradas de terra, não demorou a alcançarmos a marca dos 20 quilômetros. Contudo, mais ou menos no quilômetro 25, entramos em um dos singletracks (trilhas de vacas) que eu havia traçado no mapa. Como havia dito antes, nas imagens do Google, as trilhas pareciam um deleite para o que nos havíamos proposto . Porém, ao descer por um dos vales, nos deparamos com o repentino desaparecimento da trilha em meio à mata fechada.
Para piorar, neste ponto havia um barranco que despencava uns 10 metros até o riacho que tínhamos que cruzar. O jeito foi improvisar um sistema para descermos as bikes até o riacho.
Para tanto, o Alexandre se agarrou em um punhado de mato no meio do barranco enquanto  eu lhe passava as bikes para que ele tentasse soltá-las mais "próximo" da água!
Passado o "rasga mato", achamos que dali em diante as coisas seriam mais fáceis. Desilusão! Como tudo que desce, uma hora, tem que subir, "penamos" durante uma hora subindo pelas duras e técnicas trilhas do vale.
Durante a interminável subida, eu só me lembrarva da imagem do Google Earth, por meio da qual eu havia planejado a rota, e tentava descobrir onde estava aquela subida que havia passado despercebida na hora do planejamento?!
Aproximadamente no quilômetro 40, paramos em um buteco de beira de estrada (com uma bela mesa de sinuca!) a fim de nos recompormos com uma Coca gelada. Após duas "latinhas" de Coca, seguimos viagem.
 
Pela hora em que zarpamos novamente e o tanto que ainda faltava, percebemos que o dia ainda renderia um bocado. Mas, apesar da distância, o desenrolar da segunda metade da viagem mostrou-se bem melhor.
Com as belas imagens da represa de Corumbá IV ao fundo e trilhas divertidíssimas, esquecemos um pouco a distância que faltava e, repentinamente, estávamos à 15 quilômetros de Abadiânia. Neste ponto, eu já conseguia sentir o cheiro do empadão do Gerivá...
Para finalizar a viagem (e também o nosso gás) tínhamos ainda uma dura subida até a cidade.
Superada após longos minutos sem água, a última subida do dia terminava dentro de Abadiânia, onde procuramos rapidamente por uma padaria a fim de mastigar um belo pão com queijo quente. Após "tapearmos" a fome na padoca, seguimos em direção ao Gerivá para "encher o tanque" e encontrar as patroas.
 
Como ouvi certa vez:
 "treinar é igual banho frio, quando acaba é uma delícia..."
    
 


Abraço,
 
Manza.
 




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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Pedra do Canto, Unaí/MG

 
Data: 03 de agosto de 2013
Integrantes: Alexandre Manzan e Luis Hashimura
LocalPedra do Canto, Unaí/MG
Via: herótica
Grau: 5º sup (graduação brasileira)
Altura: 100 metros, (4 pitchs)
 
O complexo da Pedra do Canto tem uma altura aproximada de 150m e seu paredão de calcário se estende no sentido SE/NO por aproximadamente 750m. Também conhecida como Pedra do Padre ou Pedra da Fartura.
Segundo estórias, um padre da região, para pagar uma promessa, teria escalado a pedra e, depois disso, nunca mais fora visto.
* Fonte: Wikipédia


A pedra fica à 20 quilômetros antes da cidade
de Unaí/MG, do lado esquerdo da BR 251, sentido Brasília - Unaí e se destaca no seco cerrado goiano.
Chega a ser curioso a repentina  "aparição" do aglomerado em meio à pastagem das fazendas.

No local, existem várias vias abertas, apesar de que ainda restam inúmeras outras possibilidades de aberturas. Saímos meio que atrasados de Brasília, às 12:00hs, mas achávamos que, pelas características da escalada que pretendíamos fazer, o horário seria suficiente. Chega-se de carro até uma cerca de arame distante 500 metros da pedra. Contudo, quando tentamos achar a trilha em meio à mata que dá acesso à base da pedra, perdemos mais 40 minutos. 
A via que Luis escolheu tinha quase 100 metros e poucas chapeletas, fato que nos obrigou a utilizar alguns móveis para fazer a segurança. O Luis guiou a escalada enquanto eu fiquei responsável pela limpeza da via, ou seja, recolhia os equipamentos deixados nas fendas e chapeletas. 
Após quatro enfiadas e alguns arranhões, chegamos ao final da via com uma bela visão do rio Preto e de Unaí a distância. Para descer, foram quatro trechos de rappel até a base.
 

Depois de guardar todos os equipos e seguir em direção ao carro, já com o dia anoitecendo, nos deparamos com a bateria do carro arriada (básico...). Para não dizer que tudo são flores!
Meia hora de caminhada até a fazenda mais próxima e uma alma iluminada nos ajudou a fazer uma ligação direta no possante do Luis. Duas horas depois, tomava um belo banho quente antes de degustar um belo prato de arroz com feijão e um ovo em cima!   
Tendo passado por vários esportes, inclusive carregando até hoje o ranço da individualidade do triathlon, fico impressionado com o companheirismo envolvido na escalada. Neste esporte, a equipe, dupla ou trio, escalando junto torna-se um componente só, onde cada um, literalmente, depende do outro não só para se divertir, mas para escalar em segurança e até sobreviver. Obrigado a meus amigos escaladores!    
 
Abraço 
 
Manza.