terça-feira, 18 de setembro de 2012

Resiliência amarela

 
O mês de setembro, na região Centro-oeste do Brasil, é considerado um dos meses mais quentes e secos do ano. É uma época extermamente dura para a fauna e flora do bioma cerrado. As temperaturas durante o dia são altas, a umidade é baixíssima e as queimadas são frequentes. 
 

Neste mês, todos já estão cansados do ritmo alucinante do ano e não veem a hora de um refresco para o conturbado dia-a-dia brasiliense. Afora os problemas profissionais, particulares (que não são poucos) e um trânsito dos infernos,  somos obrigados, ainda, a conviver, de perto, com a sede da corrupção nacional, apesar de, como em todo o país, termos excelentes pessoas por aqui, assim como exímios safados (alguns pós graduados), infelizmente.  
Ainda assim, no mês de setembro é possível esquecer por alguns minutos de todos estes problemas. Somos cativados, no ir e vir pelas ruas de Brasília, por uma figura amarela inconfundível. A Tabebuia ochracea, popularmente conhecida por Ipê-amarelo, floresce intensamente em meio ao cinza castigado da seca do cerrado. É um belo espetáculo pelos jardins da cidade.
 

É possível observar, durante a correria do horário comercial, algumas pessoas pararem seus carros no acostamento para tira fotos dessas árvores.  Sem dúvida, é uma das épocas de que mais gosto em minha cidade. É garantia de treino sem chuva todos os dias! Apesar da secura castigante, é nesta fase que realizo os mais difíceis treinos, mas que, por consequência, geram um resultado excepcional. Tento sempre me animar com esta característica do Ipê, no período mais cruel do ano, esta árvore mostra sua vivacidade.   
E viva o Ipê amarelo!
 
Ab
Manza.