segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Xterra Pedra Azul 2011.



Em maio de 2010, estive na região de Pedra Azul para correr uma etapa do circuito Xterra (3 km de corrida - 28 km de mountain bike - 8 km de corrida em trilha). Esta prova pode ser considerada a mais dura e técnica etapa do circuito brasileiro da modalidade devido ao acidentado relevo e o tipo de terreno do local.

Para se ter uma ideia da dificuldade, quebrei minha mão direita durante a prova do ano passado. Naquela ocasião, apesar de ter completado a competição, não consegui cumprir uma das tarefas que havia estipulado para a viagem: a escalada da Pedra Azul.

Este ano fui decidido a subir a bela e imponente pedra. Portanto, não poderia "quebrar" nada em meu corpo para, após a prova, poder subir o imenso granito.

No sábado, às 09:00hs, largamos para a segunda edição do Xterra no Espírito santo. Na corrida inicial de 3 km, chegamos meio embolados na primeira transição. Daí para frente viria a parte mais penosa: o percuso de mountain bike mais dureza do Xterra.





Ainda sentindo o cansaso da viagem de bike do final de semana anterior (veja a postagem anterior),me defendi como pude nesta modalidade e terminei em segundo, com um déficit de 3' em relação ao primeiro colocado, o mineiro Frederico Zacharias. Na última corrida da prova, com 8 km de morros escarpados e bastante mato, tive que "tirar um coelho da cartola" para recuperar a diferença. Consegui pegar o primeiro colocado só no km 6, mantendo esta posição até o final.

Terminada a prova, olhei para o relógio, não para saber meu tempo de prova, mas para saber se ainda daria para visitar o Parque Estadual de Pedra Azul, situado no município de Domingos Martins - ES. A pedra que dá nome ao parque é um afloramento de granito e gnaisse com 1822 metros de altitude e 500 metros de parede exposta. O nome Pedra Azul foi dado por conta dos inúmeros líquens e algas encrostados em sua parede (foto ao lado). Infelizmente, a trilha que dá acesso à parte mais alta do parque está fechada para visitantes. Diante disso, fui até o pé da Pedra Azul, de onde já se tem uma bela visão do vale e do granitão. Vale uma visita!


Conto com os parceiros:





















Abraço!

Manza.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O sertão é aqui.



Distância: 240 km de mountain bike.



Duração: 2 dias (sofridos!)

Integrantes:

Alexandre Manzan

Bruno Dornelas

Rafael (Roque)

A região da Chapada dos Veadeiros é um verdadeiro paraíso natural no meio do cerrado. Lá, nesta época do ano, em que a umidade relativa do ar pode chegar a meros 10 %, pode-se encontrar desde espécimes raras deste bioma, formações rochosas parecidas com a superfície de Marte e até três loucos desavidos pedalando sob um sol esturricante e 40ºC (na sombra!).

Foi com estas condições que eu e mais dois amigos saímos de Alto Paraíso-GO no último dia 20 de agosto a fim de fazermos a volta da parte nordeste do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

Ao consultar os mapas e o Google Earth, não achei que seria uma empreitada tão difícil e complicada.

Mas, não contávamos com o calor infernal e as íngremes subidas que nos acompanharam por todo o trajeto. No primeiro dia de viagem, saímos às 10:00hs de Alto Paraíso para só chegarmos em Nova Roma/GO às 18:00hs. Contudo, dois belos pratos (para cada) da típica comida goiana acabaram nos fazendo esquecer o sofrimento do dia. Neste dia, rodamos 105 km e acraditávamos que o dia seguinte seria diferente...

Ledo engano. No segundo dia de viagem, pegamos mais uma dura sessão de calor regada a um piso de puro talco (as correntes das bikes tinham que ser lubrificadas a cada 20 km).

De Nova Roma subimos por um belo vale (seco nesta época do ano), o qual dá acesso à cidade de Teresina de Goiás, onde o pneu do Rafael estourou - acho que sucumbiu à temperatura! - e continuamos a viagem até Alto Paraíso por asfalto.

Levamos praticamente o dia inteiro (com as paradas) para cumprirmos os 135 km do segundo dia.

Já de noite, dentro do carro em direção a Brasília, ouvi a mais sensata explicação do porquê gostamos de fazer essas coisas:



"Treinar é igual banho gelado, quando acaba é tão bão!!!!"




Agradeço meus parceiros:

Scott

Traveler.com.br

D´stak academia

Cycling Bike shop

Upis



Abraço.


Manza.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vem aí o Shopping Ólhos D'água...



Brasília, 10-08-2011

No último domingo, ao sair de casa para remar no lago Paranoá, percebi uma movimentação diferente no Parque Ólhos D'Água (Quadras 413/414 Norte), local em que eu e milhares de pessoas utilizamos diariamente para correr, caminhar e desfrutar de uma das últimas manifestações da natureza dentro do contexto urbano de Brasília.


Neste local existe uma bela amostra da vegetação do cerrado, serpenteada por uma mata ciliar, a qual envolve um regato de água que alimenta a bela lagoa do sapo.
Todo este ecossistema é sustentado por uma nascente localizada num terreno da Quadra 213 Norte.

O incrível (se é que ainda se pode assustar-se com algo neste país) foi saber que a aglomeração no parque tinha como fim a realização de um abaixo-assinado contra a construção de um shopping na área da referida nascente - uma APP, Área de Preservação Permanente!


Shopping?

Precisamos de mais árvores, transporte público, segurança, saúde...E recebemos mais um shopping?

Creio que tudo se resume no que ainda não temos: EDUCAÇÃO.

Tiro o chapéu para os que se mobilizaram e assinaram o tal abaixo-assinado. Sim, porque é fácil apontar o dedo e não se olhar no espelho. Quem reclama do trânsito (e com razão), nem percebe que ele mesmo, ao atualizar seu bólido (ou seria sua auto-estima?), é responsável pelo caos que se instalou nas ruas e avenidas.

Por que, ao invés de irmos às concessionárias de automóveis, não vamos à Administração das cidades cobrar de quem lá colocamos por um transporte público eficiente, hospitais dignos, escolas (e muitas) com qualidade?

Porque é mais fácil pagar e consentir né?

E assim, lá se vai mais uma vez a frase: "Huhmm, fazer o quê? É assim mesmo, não tem jeito não..."

Sendo assim, não reclame. Definitivamente, temos o que merecemos.

Lembro de minha infância, quando ia sozinho para a escola de bicicleta, estudava na Escola Classe 107 Sul (referência em escola pública na época), pedalava livremente por todo o Distrito Federal, voltava das festinhas caminhando com outros amigos. O que estão fazendo com Brasília?

A antiga qualidade de vida desta cidade, hoje, mais se parece com o conto da carochinha, ou seria da "Carranquinha"?

Lembram-se?

Que saudade daqueles tempos...

Não quero pregar um movimento anticapitalista, retrô, mas o fato é que não dá mais para se viver escravo de tanta especulação.

Nos dias atuais, em terras brasilis, do jeito que se encaminham os valores, quem não tiver um bom par de meias ou uma cueca GG, está fora das "oportunidades"!


Choremos, pois...