domingo, 25 de janeiro de 2009

Expedição Aconcágua - fevereiro/2008

Integrantes: Rosa - Espanha
Pedro - Espanha
Swend - Dinamarca
Negro - Argentina
Mariano - Argentina
Alexandre Manzan - Brasil
Duração: 16 dias
Altitude: 6962 metros

Confira o vídeo desta expedição no endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=ILJ8fWPUzq0&feature=related


Mendoza - Argentina 06/02/08
Passamos o dia alugando o equipamento que restava. A grande inquietude era aguardar a hora de iniciarmos a aclimatação e torcer para o tempo firmar-se bom.

07/02/08 - Mendoza
Retiramos os "permissos" e logo tomamos a estrada rumo ao nosso objetivo: os Andes. Chegamos em Puente del Inca com o tempo piorando ao final do tarde trazendo um pouco de preocupação para todos, pois pairava a dúvida de quando o tempo iria melhorar e se iria firmar novamente.

08/02/08 - Puente del Inca, 1º dia na montanha
O dia amanheceu bonito. Comecei a enxergar a magnitude deste lugar, a vegetação, que luta para sobreviver a essa altitude e a tais condições climáticas e a mistura fantástica de cores nas rochas misturadas no mesmo vale. Subimos cerca de 460 metros da entrada do parque (2900m) até confluência (3300m), local onde faríamos nosso 1º acampamento. Andamos bem devagar para assegurarmos uma boa adaptação fisiológica à altitude! O mais difícil, realmente, é achar o que fazer para passar o preguiçoso tempo. À tarde, o tempo piorou novamente. É impressionante a velocidade com que as condições climáticas mudam aqui.
Total caminhado do dia: 7 km.

09/02/08
Confluência, 2º dia na montanha
Levantamos às 09:00hs, tomamos café e iniciamos o trecking para a parede Sul (4.100 m). Dormi bem, apesar de os termômetros terem registrado mínima de -5ºC na madrugada. Na parede, fizemos um lanche e desfrutamos da paisagem indescritível. Creio que o lugar mais grandioso e tenebroso que já fui. É incrível como alguém consegue ter vontade de subir por esta face, é assombrosamente perigosa.
Desnível de 700 metros
Total do dia caminhado: +- 14 km

10/02/08 - Vale do rio Horcones, 3º dia na montanha
Levantamos às 08:00hs e saímos em direção à “Plaza de Mulas”. Amanheci bem disposto, porém senti um pouco de dor de cabeça ao subir a Cuesta Brava, chegando à Mulas. Dormimos às 21:00hs com uma temperatura razoavelmente agradável: - 5º C à noite.
Desnível: +- 1000 metros
Total percorrido: +- 28 km


11/02/08 - Plaza de Mulas, 4° dia na montanha
Acordei às 9:30hs para tomar café e, já ao acordar, me senti meio tonto, indisposto e com uma leva dor de cabeça. Fiquei um pouco preocupado, mas, segundo os guias, é “praticamente normal”. Depois de almoçar, tirei algumas fotos para, quem sabe, tentar melhorar minha disposição um pouco.

12/02/08 - Plaza de Mulas - Canada - Plaza de Mulas, 5° dia na montanha
Fizemos nossa primeira ascensão acima dos 4.300 metros. Fomos a Plaza Canada (4800 m). Estou sentindo que estou aclimatando bem. Fora a dificuldade da subida, a paisagem apresenta-se cada vez mais surpreendente! Nos 4.800 metros alcançados hoje, foi possível ver, pela primeira vez, a linha do horizonte com uma infinidade de cumes nevados. A temperatura cai impressionantemente rápido assim que o sol se esconde no lado do vale. De 12°C, a temperatura despenca para perto de 0°C em minutos. As noites, apesar de frias, ainda estão suportáveis.

13/02/08 - Plaza de Mulas, 6° dia na montanha
Dia de descanso no acampamento base (4300 m). Aproveitamos para checarmos a indumentária que levaremos para cima. Não me senti muito bem hoje, encontrei dificuldades para caminhar rápido, espero que não seja nada. Hoje, foi um dia especial, pois tomei meu 1° banho depois de 6 dias, por uma bagatela de 10 dólares. Valeu a pena! O tempo piorou bastante à tarde, chegando inclusive a nevar um pouco!

14/02/08 - Plaza Canada, 7° dia na montanha
1° acampamento acima do base. Levei 1h50' para transpor os 650 metros entre Plaza de Mulas e Canadá. Minha mochila estava pesada, com cerca de 20kg. A noite foi fria com cerca de -10°C pela madrugada. Para desfrutar o final do dia, pudemos observar um pôr do sol fascinante a 4900 metros de altitude.15/02/08 - Nido de Condores, 8° dia na montanhana
Saimos às 11h30 de Canadá rumo a Nido de Condores (5400 m), percurso que levei 1h35 para fazer. Porém, paguei caro pela agonia de subir rápido. Logo após chegar, senti uma forte dor de cabeça, o que me forçou a tomar um Ibuprofeno. Passei o resto da tarde passando mal com dor de cabeça. As coisas começaram a perder um pouco a graça: mal-estar, dor de cabeça, frio insuportável, saudade de casa e a certeza de que ainda não estou perto do meu objetivo.

16/02/08 - Nido de Condores, 9° dia na montanha

Depois de mais uma noite gelada (-15°C), de 5400 m. Depois de tomar café, descansei mais um pouco até que o sol “esquentasse” a barraca. À tarde, caminhei pelos arredores de Nido e aproveitei para registrar algumas da mais belas paisagens vistas até agora. Tive outra dor de cabeça no final da tarde, o que me abrigou a tomar mais um Ibuprofeno.

17/02/08

Nido de condores - Berlim, 10°dia na montanha

Desmontamos o acampamento e saímos às 12:30hs em diração a Berlim, último acampamento antes de tentarmos o cume. Ao montar as barracas, tive que me acostumar a fazer tudo bem devagar, para não faltar oxigênio no cérebro! O fato de faltar “apenas” 1000 m para o cume, me deixa muito ansioso por saber que só terei mais um dia de ascensão até o meu objetivo. Outra grande incógnita sé sempre o tempo. Tentei me alimentar, mesmo que quase impossível, o melhor que pude. A altitude tira todo o apetite, além do frio, que causa um desconforto imensurável. Às vezes paro e me pergunto: o que estou fazendo aqui? Creio que, se fizer o cume, a resposta estará no último passo para romper o último metro dos 6962. Total percorrido: 4,5km; Desnível: 650m.

18/02/08 - Colera, 11°dia na montanha
O que era para ser um bom dia para o cume, acabou sendo o dia mais entediante da expedição. À noite nevou e o vento castigou tanto as barracas que não preguei os olhos. Decepção! Nem ficar fora da barraca dava, pois o frio te botava pra dentro rapidinho!

19/02/08 - Dia do ataque ao cume, 12°dia na montanha

Eu já estava conformado de não fazer cume, pois já estávamos com mais de 4 dias acampados em altitudes superiores à 6000 metros e o tempo não estava contribuindo. Durante a noite, o tempo mudou, abrindo um céu estrelado e com vento relativamente calmo. Acordamos às 5:00hs para o café da manhã e, com uma temperatura de - 15° C, sai em busca de meu grande objetivo. Tinha em frente um desnível de 1000 metros, com um frio desgraçado e uma mínima oferta de oxigênio no sangue. Já na saída, nos deparamos, à 6200 metros, com um espetacular nascer do sol. Fomos à “passos de bebê” até o início da Canaleta, 6500 metros, onde as coisas começaram a ficar feias. Cada passada era um suplício, arrastei-me até os 6800 metros. Sentei em uma pedra, tirei a mochila das costas e vi a pequena trilha que vem da “passagem” e continuava pela Canaleta com vários candidatos ao cume. Ainda estava cedo. Então, após descansar por alguns minutos, pensei em todo o sacrifício que havia passado para chegar a um lugar que se encontrava a meros 200 metros de mim, apesar de verticais, claro. Pensei na logística, em todo o trabalho e correria que tive para chegra “lá”. No entanto, o que mais pesou foi enxergar a parede Sul e pensar que faltava tão pouco para desfrutar da vista mais alta das Américas. Deixei ali minha mochila. Dei dois passos para cada sessão de cinco minutos de descanso. Foi impressionante, parece que havia caminhado o mundo todo até aquele momento. O frio, a secura e o desconforto me vieram na cabeça naquele momento. Descansei mais cinco minutos. Decidi não olhar mais para o cume. De repente, ouvi a voz de Mariano: “Vamos Alex, está quase!” Usted puede. Naquele momento, acreditei que chegaria. Tomei o último fôlego e dei mais quatro misericordiosos passos. Cheguei ao cume às 14h:15min do dia 12/02/2008.

"A sensação que tive quando cheguei ao cume do Aconcagua foi a de vida fervilhando no corpo, a maior forma de satisfação física que já tive! É um momento mágico, no qual a pequenez humana e a grandiozidade da natureza se encontram e se respeitam"

Alexandre Manzan.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Juiz de Fora – Parati pelas Serras da Mantiqueira e Bocaina de bike (solo) julho /2008

Integrantes: Alexandre Manzan
Duração: 8 dias
Distância total: 520,5 km.


18/07/08

Após a correria de sempre, desembarquei no Rio. Com o coração na boca, peguei um taxi pra rodoviária, trecho mais “tenebroso” de toda a viagem. Depois que entrei no ônibus e começamos a subir a serra de Petrópolis, fiquei mais relaxado. Cheguei a Juiz de Fora às 21h:40. Arrastei a caixa da bike até um hotel dormível, montei tudo, comi, tomei 2 brejas e dormi como um bebê, pensando no início da empreitada que estava para começar no dia seguinte.

19/07/08
Por incrível que pareça, o deslocamento dentro das cidades é a parte mais perigosa destas viagens; bandidos e motoristas loucos por toda esquina. Uma merda! Saí às 10h:20 após desempenar o disco da roda dianteira. Levei 2h40’até Lima Duarte, cidade que dá acesso ao Parque do Ibitipoca. Conheci nesta estrada um andarilho que puxava seus (poucos) pertences em um carrinho. Ia para a Bahia! Tirei fotos e curti o som brega que rolava alto em seu som portátil. Figuraça! Parti para a “escalada” em direção à Ibitipoca. Na subida chamada “puta merda”, compreendi o porquê do nome quando vi vários carros populares não conseguirem terminá-la. Cheguei às 15h:00 e logo descolei minha hospedagem.
Média: 20 km/h – 4h14’.
Total pedalado do dia: 85 km.


20/07/08
Levantei cedo para conhecer o Parque do Ibitipoca. A intenção era visitar o máximo de lugares que eu pudesse, visto que eu teria só este dia. Então fui correndo com uma garrafa de água em uma mão e uma barrinha na outra. Ao final do dia, consegui visitar praticamente todo o parque, algo que só mesmo correndo!
Total corrido: 26 km.

21/07/08
Sai de Ibitipoca às 10h:20 e logo na 1ª descida encontrei 2 viajantes de bike, que me acompanharam até Lima Duarte, local em que seguimos destinos diferentes. Voltei a andar no asfalto até Bom Jardim de Minas, onde entrei novamente para a terra em direção à Santa Rita de Jacutinga, destino do dia. De Bom Jardim de Minas até Santa Rita, despenquei 500 metros de desnível através de um vale, já na Serra da Mantiqueira.
Média: 21,8 km/h – 5h14’.
Total pedalado do dia: 114 km.


22/07/08
Após tirar uma sonequinha depois do café, parti às 10h:45. Escolhi uma estrada menos transitada até Visconde de Mauá e certamente acertei na opção. De Santa Rita de Jacutinga, passando por Passa Vinte, onde almocei, até chegar em Visconde de Mauá, passei por incríveis vales sem cruzar com um carro! Um dos trechos mais bonitos desta viagem. Tomei um banho nas frias águas do Rio Preto, o qual separa Minas Gerais do Rio de Janeiro neste trecho. Apesar do trecho mais curto da viagem, foi um dos mais difíceis pelas infinitas subidas de terra.
Media: 16,4 km/h! – 4h55’.
Total pedalado do dia: 81 km.


23/07/08

Tirei o dia para conhecer algumas cachoeiras da região e aproveitei para dar uma corridinha! À noite dei um trato na magrela.
Total corrido: 10 km.



24/07/08
Saída às 10h:45. De cara uma subida de 4 km até o alto da serra. A vista compensou o esforço!! Como tudo que sobe tem que descer, despenquei 10 km até o vale do Paraíba, cortado pela temida Rodovia Dutra. Pedalei 10 km até Resende pela tal rodovia com medo dos carros. Rapidamente deixei Resende pra trás, a fim de perder logo o contato com a loucura da cidade e desfrutar da paz do interior. Após mais um trecho de terra, encontrei o asfalto que me conduziu até a charmosa cidade de São José do Barreiro. Alegrias a parte, a grandeza da Serra da Bocaina, a qual iria ter que cruzar no dia seguinte, assustou-me ao vê-la! 1300 metros de desnível em 23 km. Ave Maria!!!
Média: 22,8 km/h – 3h33’.
Total pedalado do dia: 81,5 km.


25/07/08
Tradicionalmente às 10h:20 parti. Após intermináveis 2 horas de subida e 23 km percorridos na serra da Bocaina, estava no ponto mais alto da viagem. Sai de 500 metros e “escalei” até 1800 metros de altitude. Porém, achei que lá em cima as subidas acabariam. Enganei-me. As subidas continuaram, só que agora com algumas descidas para refrescar, até a Vila dos Macacos. De lá até Campos de Cunha, destino do dia, foram mais 16 km de sobe e desce. Para dar o tiro de misericórdia, não encontrei um restaurante aberto, tendo que comer um gorduroso hambúrguer para matar a fome. Sem dúvida, o trecho mais “punk” da viagem. Terminei bem cansado.
Média: 15,6 km/h - 5h03’.
Total pedalado do dia: 79 km.


26/07/08
Friozinho na saída de Campos de Cunha, 11°C às 10h:25. Achei que iria pegar um sobe e desce só até Cunha, mas, como pude ver, enganei-me novamente! Era desanimador escalar por vários minutos seguidos e, na sequência, ver todo o esforço ir embora em segundos nas íngremes descidas. Depois de Cunha, subi até 1500 metros de altitude, cume da Serra do Mar, local em que se trafega até Parati pela antiga Estrada Real. Deste ponto até Parati, despenca-se até o nível do mar sempre em contato com a Mata Atlântica e um visual de tirar o fôlego. Mar a vista!!! Cheguei são e salvo a Parati com aquela sensação de dever cumprido e a alma renovada!
Média: 20 km/h – 4h.
Total pedalado do dia: 80 km.


Total pedalado na viagem: 520,5 km.


Xterra Brasil - Angra junho/2008

14/06/2008
Na quarta edição do Xterra Brasil, desta vez realizado pela primeira vez em Angra dos Reis, acordei num dia abençoado e acabei fazendo uma prova "redonda"! O dia amanheceu sem nenhuma nuvem no céu, prometendo um calor considerável. Nadei bem, coloquei um ritmo bom na etapa de mountain bike, a qual, infelizmente, não requeria muita técnica, e na corrida, minha especialidade, ultrapassei o primeiro colocado, Galindez, imprimindo a boa técnica do cross country nas lamacentas pirambas de Angra dos Reis. Isn't life beautiful!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Travessia Represa de Nova Ponte GO (solo) maio/2008

Integrante: Alexandre Manzan
Duração: 2 dias
Total remado: 64,4 km


Patrocínio MG– 02/05/2008
Saí às 13:50 devido à demora para acordar e às tradicionais coisinhas de última hora. Vento razoável, caiaque novo (adventure) bem mais rápido que o outro anterior (Cabo Horn)! Pernoite em um lugar com bastante mato na beira do lago. O curioso é que depois que terminei a viagem, disseram-me que havia, nessa localidade, muitas cobras nas beiradas!!! Média da remada: 8 km/h;
Total remado: 28,5 km.

03/05/2008
Saída às 11:00 com um pouco de marola e tempo nublado até a chegada em Nova Ponte. Dormi mal, com receio de estar acampado na propriedade de algum fazendeiro pinel! Passei por uma cachoeira que caía diretamente nas águas do lago! 15 metros de altura. Só consegui fazer contato com o Dagô (resgate) no último waypoint, faltando apenas 1,5 km. Chegada no destino às 17:50hs.
Média: 7,8 km/h;
Distância percorrida: 36,6 km.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Travessia Represa de Serra da Mesa GO novembro/2007

Duração : 3 dias
Integrantes: Alexandre Manzan | João Carlos de Almeida
Apoio: Haryson | Raimundo

1° dia
30/11/07 Saída às 11:00 perto da usina de níquel Codemin - próxima de Niquelândia - com vento contra e grandes marolas. Com aproximadamente 3h de remo, a Serra Negra parecia perto, mas não chegava nunca. Difícil progressão, 2 paradas para lanche.
Total remado: 36 km - 6h.
2°dia
01/12/07 Saída às 10:00, água bem calma. Adotamos a seguinte tática de remada: 1x2h30’, 1x2h15’, 1x1h25’e 2 paradas para lanchar. Último trecho bem mexido. Algumas dúvidas depois do Morro das Lajes, devido ao baixo nível do lago, o qual destaca mais relevos que no mapa.
Aproximadamente 6h10’de remo.
Total remado: 45 km

3°dia
02/12/07 Saída às 10:26, água calma. Encontro com Haryson e Raimundo às 11:10. Tempo bem quente.
Aproximadamente 6h10’de remo.
Total remado: 17 km.

Travessia Itaguaré - Marins (solo) abril/2007

Integrantes: Alexandre Manzan
Duração : 2 dias
Distância: aproximadamente 25 km.

1° dia
02/04/07 - Após ter corrido o Xterra de Angra dos Reis, aproveitei a viagem para fazer a famosa e bela travessia Itaguaré – Marins, cujo nome foi dado devido aos dois cumes mais altos da travessia e que marcam, respectivamente, o início e o fim da empreitada. Depois de várias curvas, cheguei às 15h:50min no ponto de onde eu havia planejado iniciar a travessia, que por sinal, por falta de parceiros, resolvi fazê-la sozinho. Após arrumar a tralha de última hora, saí às 16h:44min de 1626 metros de altitude com pretensão de dormir no pico dos Marins a 2421m para, no dia seguinte, fazer toda a travessia até a fazenda três Barras (ponto de encontro com o “seu Dagô”, meu pai!). Com 1h24’de caminhada forte, estava na base dos Marins. Curti os últimos raios de sol daquele dia juntamente com três outros “perdidos” que me disseram que o pico não estava tão longe. Decidi, então, ir dormir lá em cima e quase me arrependi, quando me perdi na escuridão e o meu inseparável GPS não me ajudou muito. Após bater cabeça por um tempo, finalmente cheguei no cume dos Marins e, para minha recompensa, não havia uma única nuvem no céu, fazendo da minha última refeição do dia um verdadeiro jantar a luz de “estrelas”! 2°dia
03/04/07 - Saída dos Marins às 08h:07min, tempo bem quente. Até então, achei que não teria problemas para achar as trilhas, porém, em alguns trechos, bati um pouco de cabeça para achá-las. Creio que em razão de ter ido ainda em época de chuva a vegetação estava bem fechada, o que dificultou um pouco mais minha progressão. Às 13h:08min, portanto com 5h, cheguei à base do Itaguaré. Deixei minha mochila ali e escalaminhei até o cume do Itagauré para fazer algumas fotos. Iniciei minha descida às 13h:35min e, depois de dropar quase 1500m verticais, às 15h:31min, finalmente cheguei à estrada da fazenda três Barras, que segue para a cidade de Passa Quatro. Havia combinado de encontrar o “resgate” naquele ponto, mas, como ele poderia não ter achado a entrada da estrada, resolvi ir caminhando em direção à cidade, a qual distava cerca de uns quinze quilômetros dali. Qual não foi minha surpresa e alívio quando avistei meu resgate logo na primeira curva com uma incrível e gelada coca-cola na mão!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Trekking Cachoeira da Fumaça BA (solo) março/2005

Integrantes: Alexandre Manzan
Duração: 10 horas
Distância: aproximadamente 25 km.

06/03/2005
Voltando de férias de Guarajuba, parei em Lençóis, como havia programado previamente, para realizar o trekking da cachoeira da Fumaça por baixo. Consegui um mapa mais ou menos atualizado, programei uma rota através de alguns pontos do mapa e algumas referências geográficas e, por fim, conversei com alguns guias locais sobre a duração e as condições da travessia. Todos foram unânimes na duração: 2 dias, se você for rápido e tiver acompanhado de um guia experiente! Quanto à velocidade, eu tinha realmente a intenção de fazê-la em um dia. Os guias com os quais conversei riram quando eu relatei minha intenção de terminá-la no mesmo dia e sozinho. Acordei cedo e corri em todos os singles tracks que podia. O GPS não ajudou muito no fundo do vale, fato que fez com que eu quebrasse a cabeça algumas vezes para achar o caminho. Após chegar à base da cachoeira e tirar algumas fotos, vi que estava atrasado. Tentei me adiantar no leito do rio, mas as pedras escorregadias não ajudaram muito. O dia já estava finalizando quando consegui chegar no alto da fumaça, local do planejado encontro com Lívia e Dagô, meus resgates. Cansado, porém feliz da vida e com as pernocas bem sofridas, consegui fazer a travessia em 10 horas!